6 de junho de 2011


Nota da Associação Brasileira dos Advogados do Povo a propósito da violência de Estado no Espirito Santo
Governador do PT manda polícia agredir e prender estudantes

 









  O governador em exercício do Estado do Espírito Santo, Givaldo Vieira (PT), em conluio com o titular, Renato Casagrande (PSB) determinou que tropas fascistas da polícia militar reprimissem, agredissem e aprisionassem estudantes que, no dia 02/06/2011, protestavam contra o aumento das passagens e a péssima qualidade do transporte coletivo.


 A dupla que comanda o Estado, PSB e PT, tem relações íntimas com o monopólio do transporte público, a frente o grupo Vix (Águia Branca), que por sua vez é serviçal de grandes empresas que espoliam o povo brasileiro, como Petrobrás, Aracruz Celulose (Fíbria), Vale do Rio Doce, Arcellor-Mittal e Samarco.
A PM, com seus cães, cavalos, bombas de gás, projéteis de borracha, atacou impiedosamente os estudantes, e até mesmo populares que se encontravam na via pública, e que ao final vaiaram a força policial, que não aparece para garantir a segurança dos cidadãos, mas se presta a agredir estudantes em luta, indefesos. Dezenas de estudantes foram presos, algemados, ameaçados e recolhidos em celas comuns, enquanto o governador e o próprio secretário de segurança destilavam todo o seu ódio, atiçando o aparato repressivo, tudo porque os estudantes, acuados, não tiveram outra opção senão resistir ao ataque policial, inclusive lançando pedras, algumas atingindo vidraças do palácio do governo.

A repressão fascista, seguindo o exemplo da polícia militar de São Paulo, chegou ao descalabro de lançar bombas, indiscriminadamente, dentro do campus da Universidade Federal do Espírito Santo, sobre estudantes indefesos, muitos dos quais nem mesmo participavam do protesto, sendo evidente a prática de terrorismo, como forma de tentar impedir as manifestações populares.

 No dia seguinte ao ato, o monopólio da imprensa, a serviço do governo e dos empresários, passou a tentar desmoralizar a justa luta dos estudantes, contando ucom cumplicidade de “lideranças” da UBES/UNE, como se sabe tratados a ração pelos governos de turno, numa amostra do lixo em que se constitui o consórcio oportunista formado pelo PT, pcedobê e outros, o que não impediu que milhares de estudantes e demais militantes dos movimentos sociais saíssem às ruas em protesto, forçando a Polícia Militar a se recolher aos quartéis. 

Esse ato de violência do Estado, uma resposta desesperada ao avanço da resistência popular, da insatisfação diante da gerência oportunista, mais um capítulo da escalada fascista, da repressão contra o povo nas grandes cidades e no campo, é mais uma ação vergonhosa da gerência estadual, que recentemente usou a tropa da PM, com muita violência, para remover 1500 pessoas - destruindo suas casas -, de um terreno na área portuária de Aracruz, cobiçado por grandes empresas. Neste aspecto, a justa resistência dos estudantes foi uma resposta à truculência, ao terrorismo de Estado da Polícia Militar e da gerência PSB/PT.
A ABRAPO, Associação Brasileira dos Advogados do Povo, filiada à IAPL, Associação Internacional dos Advogados do Povo, se solidariza com os estudantes, suas famílias e o povo capixaba, que vem sofrendo todo tipo de violência do Estado, defende o direito do povo de lutar por seus direitos, porque rebelar-se é justo, e exige que sejam respeitados os direitos do povo, entre os quais o direito à manifestação, e que sejam punidas as autoridades responsáveis pelas agressões e prisões arbitrárias.
 Diretoria da ABRAPO

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