10 de julho de 2011

BARRA DO RIACHO - ARACRUZ


Ajuda com alimentação foi suspensa pela prefeitura de Aracruz

*Valdinei Tavares - Membro da Coordenação Estadual do MTL

Depois de esgotado o prazo final para o fornecimento de alimentação pela prefeitura para os desalojados do loteamento Nova Esperança, no distrito de Barra do Riacho, em Aracruz (norte do Estado), algumas famílias permanecem na quadra de esportes do distrito, mas sem receber alimentação. As famílias já deveriam estar alojadas em moradias pagas com aluguel social, mas a demora da prefeitura em firmar os contratos com os proprietários fez com que algumas famílias permanecessem na quadra.
O local continua sendo ocupado por famílias que não tiveram para onde ir e a alimentação fornecida pela prefeitura do município foi cortada na última quinta-feira (30) quando, de acordo com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado entre prefeitura, moradores e Defensoria Pública do Estado, as famílias já deveriam ter sido cadastradas e alojadas em casas pagas com o aluguel social. No entanto, a prefeitura de Aracruz não firmou contratos com donos de imóveis e as famílias permanecem na quadra de esportes, durante o inverno rigoroso e com a alimentação suspensa.
Os moradores denunciaram a situação nessa segunda-feira (4) à Defensoria Pública e ao Ministério Público Estadual e assistentes sociais foram mandadas pela prefeitura à quadra para iniciar o cadastro das famílias, mas chegaram no momento em que muitos moradores estavam trabalhando e o local estava vazio. As pessoas que estavam na quadra pediram que as assistentes aguardassem, já que elas queriam cadastrar somente os presentes no momento, e o cadastro começou a ser feito.
Os moradores denunciaram também que a prefeitura estaria fazendo vistorias nas casas que devem ser alugadas, mas após isso nenhum contato é feito com os proprietários para firmar os contratos. Isso vem protelando ainda mais a permanência dos desalojados na quadra de esportes.
O temor é que mais pessoas adoeçam devido ao frio que faz no local, que é aberto e com laterais cobertas com lonas para aplacar o vento. No dia 19 de junho último, Sebastião Moura, de 68 anos, morreu em Vitória por complicações pulmonares decorrentes de uma pneumonia, provavelmente adquirida durante a permanência na quadra de esportes.

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