2 de agosto de 2011

Ainda há famílias na quadra poliesportiva em Aracruz

Prazo para o pagamento do aluguel social venceu no dia 1º, mas prefeitura ainda não efetivou todos os pagamentos de aluguel social
Por Diana De Marchi (dmarchi@eshoje.com.br) - Foto: Andreia Foeger.

Mais da metade das famílias que estão ocupando a quadra poliesportiva em frente a prefeitura municipal de Aracruz, há dois meses, continua no mesmo lugar. Eles foram despejados de suas casas no bairro Nova Esperança, no distrito de Barra do Riacho, em 18 de maio. E, há um mês, todos, deveriam estar ocupando casas cujos aluguéis são de responsabilidade da prefeitura.
Nesta segunda-feira (01) venceu o prazo dado pelo Ministério Público estadual para que a prefeitura cumprisse o Termo de Ajuste de Conduta e pagasse os aluguéis sociais. No entanto, nem todos estão com suas casas alugadas, e outros já correm o risco de serem despejados por falta de pagamento. No TAC ficou definido que, durante um ano a prefeitura seria responsável pelo pagamento. Nesse período, a PMA deveria construir as casas que serão doadas à população de Barra do Riacho.
  De acordo com o diretor da ONG Amigos da Barra do Riacho, Valdinei Tavares, a prefeitura ficou responsável pelo pagamento dos aluguéis no valor de R$ 300,00. Sem pagar, famílias, que já estavam dentro de suas casas, voltaram para a quadra. Foram despejadas. Outras estão em casas de parentes e sem uma previsão para quando poderão se mudar.
Segundo Valdinei, as famílias foram orientadas a permanecerem nas quadras, uma vez que a prefeitura não oficializou o pagamento dos alugueis. "A prefeitura fala que estão fechando contrato, mas nunca dão uma data oficial de quando pagarão o aluguel", disse. Para piorar o quadro das famílias, a prefeitura suspendeu, no dia 30 de junho, a distribuição de marmitas e água. A população conta com a ajuda de solidários e igrejas para comerem.
  De acordo com o secretário de Habitação e Trabalho, Davi Gomes, a prefeitura está seguindo o cadastro de pessoas que foi realizado pelas próprias famílias de Barro do Riacho. E ainda, segundo ele, muitas famílias ainda estão procurando casas. "Conversamos com os proprietários das casas e a partir da semana que vem eles vão receber o dinheiro", disse.
  O despejo das quase 310 famílias em Barra do Riacho aconteceu no dia 18 de maio, numa operação da prefeitura com ação do Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar do Espírito Santo. A prefeitura ordenou que os moradores se retirassem do local, alegando que as famílias, estariam morando em uma área que havia sido invadida. Os imóveis foram destruídos com todos os pertences das pessoas. Desde então aquela população passou a ocupar a quadra poliesportiva, montando um grande acampamento.

FONTE: ES HOJE

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