Presos denunciam tortura no Centro de Detenção Provisória de Aracruz

 

A Comissão de Direitos Humanos e o Centro de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (CPDDH) de Aracruz, no norte do Estado, atenderam uma denúncia de tortura no Centro de Detenção Provisória de Aracruz (CDPA), no último sábado (4), e passaram, pelo menos, seis horas ouvindo os presos.

De acordo com a coordenadora do CPDDH, Gilcineia Ferreira, os presos alegam que foram retirados das celas na madrugada de sexta-feira (3) para sábado e levados para uma sala sem monitoramento por câmeras. Lá, eles contaram, sofreram enforcamento por agentes penitenciários, violência que só parou quando um deles teve o braço quebrado.

Ao serem ouvidos no parlatório da unidade, as entidades constataram que havia um detento com o braço quebrado, outro com o joelho ferido e mais dois com os pulsos inchados.
Os presos foram encaminhados para exame de corpo de delito e os encaminhamentos ao processo serão dados pelas entidades. Esta é a segunda vez neste ano que são atendidas denúncias de tortura no CDPA.
Na outra ocasião, o CPDDH foi à unidade com oito advogados que atenderam às denúncias dos presos, apontando um agente penitenciário como autor das agressões. O agente foi afastado pelo diretor da unidade. Na denúncia atendida no último sábado, foram apontados quatro agentes como autores, que devem ser investigados.