9 de agosto de 2011

Parentes de acusados podem assumir secretarias em Fundão


  Acusado de participar do esquema fraude em licitação, o prefeito de Fundão, Marcos Moraes (PDT), está de volta à prefeitura municipal, e reestruturando sua equipe. Dentre os possíveis nomes estão parentes de secretários envolvidos no mesmo escândalo que afastou o prefeito – conhecido como Operação Tsunami. Marquinho reassumiu o cargo na última quinta-feira (04).
  Segundo um político do município, que não quis ter o nome divulgado, nesta segunda-feira (08) houve reunião para definir parte do novo secretariado. Mas no gabinete do prefeito a notícia era de que não houve qualquer encontro e que o pedetista estava em Vitória nesta segunda.
  O político que conversou com a reportagem disse que foram mantidos os nomes nas pastas de Meio Ambiente e Compras, comandadas por Aparecida Demoner e José Francisco do Nascimento, respectivamente. As principais alterações teriam ocorrido na Secretaria de Saúde, assumida por Alcelone Bolonha e na coordenação de Estratégia de Saúde da Família (ESF), que ficará sob a responsabilidade de Débora Falqueto, esposa do ex-secretário de Saúde, Paulo Falqueto.
  A reportagem de ES Hoje procurou o prefeito Marcos Moraes pelo celular (mas uma gravação diz que o número “está impossibilitado de receber esse tipo de ligação”), na prefeitura, para comentar as mudanças, o pedetista não foi localizado. Ainda na prefeitura (27 – 3267-1724), a informação era que o prefeito estava em reunião na Procuradoria Geral e atenderia no telefone 27 – 3267.1521. Mas neste, também, ninguém atendeu.
  No gabinete do prefeito, a assistente, que se identificou apenas como Benilda, disse que nenhuma reunião foi realizada nesta segunda e que não foram expedidos decretos com a nomeação dos novos secretários. A assistente disse ainda que Marcos Moraes encontrava-se em Vitória, ao contrário do que foi informado na sede administrativa.Ainda que tenha voltado à prefeitura, após denúncias de corrupção deflagradas pela Operação Tsunami, o pedetista Marcos Moraes é alvo de uma nova ação civil pública. De acordo com o Ministério Público Estadual, na gestão de Marquinhos, mais de R$ 550 mil teriam sido arrecadados com superfaturamento no serviço de transporte escolar. O valor teria sido distribuído entre beneficiários do esquema.
  A Operação Tsunami foi deflagrada em maio deste ano e apurou, por meio de interceptações telefônicas autorizadas por determinação judicial, o envolvimento de várias autoridades municipais em fraudes em licitações. A Polícia Civil, a pedido do MPES, cumpriu 12 mandados de prisão e 26 mandados de busca e apreensão.
  Dentre os detidos estão seis secretários e dois vereadores, além de servidores municipais e empresários. Entre os ilícitos em investigação estão a contratação irregular de veículos pela prefeitura; fraudes na compra de medicamentos, com licitações manipuladas; e pagamentos superfaturados de festas do município; além da contratação emergencial de empresa de coleta de lixo, em que eram utilizados diversos expedientes fraudulentos para evitar o processo licitatório.
  As investigações do MPES e da Polícia Civil apontam também que um vereador e o secretário municipal de Obras faziam distribuição fraudulenta de material de construção.

FONTE: Andréia Foeger (afoger@eshoje.com.br)




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