16 de abril de 2012

Câmara de Aracruz afasta mais um vereador, Desta vez foi George Coutinho


 

Por unanimidade, a Câmara de Aracruz acatou denúncia do presidente da Associação de Moradores do Bairro de Fátima, José Josivaldo de Souza, e afastou do cargo, na sessão de hoje (16), o vereador George Cardozo Coutinho (PSD), acusado no documento lido em plenário por atos de improbidade administrativa, “rachid” e ameaça de morte a testemunhas.
   Quem assume a vaga é o suplente Paulo Martins (PDT). Dos 10 vereadores eleitos em 2008, apenas Anderson Ghidetti (PTB) permanece na Câmara. Na mesma sessão assumiu o suplente Romildo Broetto (PV), restando ainda três vagas para as posses de suplentes. O suplente Beto Vieira, por ser do PDT e integrar a Coligação que elegeu Coutinho, se absteve de votar e deixou a sessão.
   O denunciante José Josivaldo de Souza baseou sua denúncia em diversos documentos requeridos ao Legislativo, Ministério Público e à Justiça, entre eles o afastamento de George Coutinho, pela Justiça, por sete meses, quando passou 97 dias na cadeia, em 12 de abril de 2011, acusado da prática de “rachid”, formação de quadrilha e ameaça de morte a testemunhas.
   No dia 2 de dezembro de 2011, segundo a denúncia, Coutinho cometeu crime de nepotismo, nomeando marido e mulher (Denis Teodoro de Lima e Euzília de Souza) para funções em seu gabinete, sendo que ambos não prestavam serviço e eram “servidores fantasmas”, tendo o vereador, inclusive, apresentado como comprovante de residência do casal o endereço de seu próprio pai, Pedro Tadeu Coutinho, em Barra do Riacho.
   Na ocasião Josivaldo procurou a Polícia Civil, junto com Judith Ruy, chefe de setor na Câmara, alegando terem sido ameaçados de morte pelo vereador. Josivaldo revela que o casal foi exonerado, mas que mesmo sem trabalhar na Câmara, Denis Teodoro recebeu o subsídio de R$ 2,3 mil e um abono de R$ 700,00.
   No dia 26 de março deste ano, George Coutinho confessou, em plenário, que recebia propina mensal de R$ 3 mil de uma empresa que presta serviços à prefeitura. O denunciante pede no documento, que a Câmara acolha a denúncia, forme uma Comissão Processante e afaste o vereador George Coutinho, para que os vereadores abram os olhos e não sejam acusados de omissão e conivência com crime de formação de quadrilha, corrupção passiva e quebra de decoro parlamentar, evitando assim que Coutinho possa se candidatar novamente e até ser eleito para a nova legislatura.
   De forma inadmissível, Coutinho não teve o seu nome incluído na denúncia feita por uma entidade, mesmo sendo réu confesso, que originou o afastamento dos demais vereadores envolvidos com a propina paga pela empresa, de acordo com gravações telefônicas que fez com os seus colegas.

Fonte: Folha do Litoral 

0 comentários:

add nosso Blog e fique bem informado

. - .