24 de abril de 2012

Novo impasse na construção das casas populares em Barra do Riacho - Aracruz

Aracruz: impasse na construção de casas
populares tem interferência da Estrutural

  
O novo impasse na construção das casas populares em Aracruz, norte do Estado, gerado após o resultado do processo de licitação, há duas semanas, tem interferência da Estrutural Construtora e Incorporadora, de propriedade de Braulino Silveira, primo do ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Conhecida por comandar contratos em várias áreas do governo do Estado e prefeituras, a empresa perdeu o certame e recorreu judicialmente, paralisando o processo. Moradores temem interferência política.
   Para chamar atenção dos poderes públicos sobre o problema, uma mobilização é organizada para ocorrer em Vitória, nesta quinta-feira (26), em frente ao Palácio Anchieta, Centro de Vitória. Os manifestantes, principalmente da região da orla do município, estão pedindo o apoio de vários movimentos sociais e devem se deslocar a outros pontos da Capital.
   A empresa vencedora do processo de licitação é a Construtora Arpa, de Colatina. Quem concedeu liminar à Estrutural foi o Juizado de Aracruz. A permanência da empresa no processo de licitação, após perdido o prazo, havia sido por meio de um mandado de segurança.
   O proprietário da Arpa, João Meneguelli, ficou surpreso com a situação. Ele afirmou que sua empresa cumpriu todos os requisitos, por isso venceu o processo. “Se eu tivesse perdido, não ia me opor”, avisou. Segundo ele, a empresa é experiente em processos de licitação desse tipo e já construiu conjuntos habitacionais em São Mateus, Colatina e outros municípios.
   Para a ONG Amigos da Barra do Riacho, uma das organizadoras da manifestação da quinta-feira, o fato ocorrido com a Estrutural é muito estranho. As comunidades ficaram sabendo na noite da última sexta-feira (19) e suspeitam de manobra jurídica. “Até onde eu sei, a empresa perdedora da licitação perdeu o prazo para recorrer. Como é que conseguiu, depois de expirar o prazo? Queremos saber”, questionou Valdinei Tavares, presidente da ONG.
   Na semana passada, a prefeitura ainda não havia oficializado o nome da empresa vencedora. A Caixa Econômica Federal (CEF) estaria aguardando o documento de oficialização para a notificação e, em seguida, liberar o início das obras. Diante do novo quadro, a ONG obteve informações de que a prefeitura irá recorrer da liminar.     
   Manifestações na internet estão se proliferando, cobrando do governador Renato Casagrande (PSB) uma resposta aos moradores. Há quase um ano, 313 famílias foram despejadas do bairro Nova Esperança, em Aracruz. Enquanto esperam pela construção das casas, as famílias vivem de aluguel social ou moram de favor em casas de parentes ou conhecidos.

FONTE:  Cristina Moura " seculo Diario"

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