11 de abril de 2012

Presidente do TJD-ES dá prosseguimento a representação de procurador e Aracruz será julgado

 foto: Fábio Vicentini
David, Aracruz
David foi indiciadoDragão já prepara a defesa e deve pedir vistas no processo para não correr o risco de perder o mando de campo no jogo de volta das semifinais
 
 O Aracruz vai sentar no banco dos réus. Após denúncia feita pelo procurador geral do Tribunal de Justiça Desportiva do Estado Aylton Cabral, o presidente do TJD-ES Eduardo Reis analisou todo o relatório sobre os fatos ocorridos no Estádio do Bambu, durante o jogo contra o Vitória, no ultimo dia 31 de março, pelo Capixabão, e deu prosseguimento ao caso. Agora, o processo será encaminhado a uma comissão disciplinar e deve ir a julgamento já na próxima semana, após o jogo de ida entre os próprios clubes, no Estádio Salvador Costa, às 16 horas.
  Para embasar a denúncia, Aylton levou em conta o relatório do delegado do jogo no Bambu, uma representação do Vitória, feita na Federação de Futebol na semana após o ocorrido e também a matéria do GAZETA ESPORTES, onde o presidente do alvianil narra o apedrejamento do ônibus do clube na saída do Estádio do Bambu e a saída do trio de arbitragem de camburão.
  Além de ser indiciado no artigo 213, que condena por deixar de reprimir e prevenir situações na sua praça, que pune com a perda de mando de campo e multa de até R$ 100 mil, o Aracruz ainda teve indiciado o meia David, o atacante Euler e o zagueiro Marco Antônio, todos por tentativa de agressão ao árbitro Elvis de Almeida. Os três podem ser suspensos por até 90 dias. O meia David ainda tem o agravante de também ter sido indiciado pela tentativa de agressão ao goleiro Marcelo, do Vitória, que também será julgado pela tentativa de revide.
O árbitro Elvis de Almeida não listou nada na súmula do jogo. Mesmo assim, o procurador geral Aylton Cabral explicou como embasou sua denúncia. "Existem vários meios de se fazer isso. Houve uma representação do Vitória. O delegado do jogo, no seu relatório, também citou algumas situações que ocorreram no jogo. O delegado, os assistentes e o próprio árbitro, podem ser testemunhas", explicou Cabral, que também citou a matéria do GAZETA ESPORTES.
"Vi a matéria no Gazeta Esportes, com a foto do Gilberto Santos (supervisor do Vitória), e é um meio de prova que tenho também. O próprio William Silva, dirigente do Aracruz, deu algumas declarações na reportagem que mostram o que houve lá. Ele disse da situação do árbitro e do pedido do camburão", frisou Cabral.
Eduardo Reis, presidente do TJD-ES, garantiu que viu embasamento na denúncia e que por isso, deu prosseguimento para a comissão disciplinar. "Analisei, vi que todos os requisitos estavam presentes, e mandei dar seguimento. O processo vai para uma das comissões e seguirá seu trâmite até ir para a pauta e para julgamento. Os argumentos do procurador foram embasadas sobre cada pessoa que ele cita e indicia. E achamos que vale julgamento".
Aracruz vai pedir vistas no processo
Do lado do Aracruz, o diretor jurídico do clube, Eduardo Bitti, já se prepara para a defesa do clube. O Aracruz vai pedir vistas do processo e já começa a preparar sua defesa nesta quinta-feira. O clube diz que não há qualquer prova cabal e que o ônibus do Vitória mesmo tendo sido apedrejado, não faz com que o alvianil consiga sequer provar que os danos foram provocados nos arredores do Bambu.
"É complicado porque não temos ainda o teor da denúncia. Mas não vemos como isso acontecer. O Vitória foi bem tratado. A diretoria foi bem acomodada. Ficou na área protegida da chuva. A comissão de arbitragem teve frutas. Tratamos todo bem. Agora, a acusação de que teria agressão contra o juiz. Ele saiu, teve uma proteção especial, mas não aconteceu nada, nenhuma agressão. Tanto que ele não relatou na súmula e o delegado também não. Com relação ao ônibus, eles disseram que sofreu danos, não há provas de que isso sequer tenha acontecido em Aracruz. Não há fundamento. Ao nosso ver, é uma medida triste tomada pelo Vitória. Sentimos pena pelo campeonato. Esse tipo de coisa só aparece porque só vamos jogar contra o Vitória", frisou Bitti.
"Não teve agressão ao árbitro. O futebol hoje, você tem, por muito menos, tudo anotado na súmula e no relatório. Em que planeta estamos, em que um árbitro sofre tentativas de agressão e não relata na súmula. O presidente do Vitória quer passar por cima da própria vítima?", diz Eduardo Bitti.
"Vamos trabalhar a partir desta quinta-feira em cima disso. Vamos fazer a nossa defesa. E temos que saber o que está pedido no processo. Vamos pedir vistas do processo e nos preparar para a sequência do julgamento. Mas não existe vídeo, foto, e nem testemunhas que não sejam do Vitória. Ainda mais num ano de centenário de um clube, como o Vitória", finalizou Bitti.

Fonte: "Gazeta Online"

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