O desembargador Sérgio Bizzotto Pessoa de Mendonça, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, deixou para apresentar na próxima semana seu voto relativo ao pedido de liberdade feito pela defesa do médico Wagner Rodrigues Lucas, que está preso sob a acusação de ser o mandante do assassinato de seu colega de profissão, Luciano Nobis Nascimento, morto com três tiros na cabeça no dia 16 de setembro de 2004, em Aracruz.
A decisão do desembargador foi tomada na tarde desta quarta-feira (20), depois que o advogado do médico, Leonardo Gagno, apresentou defesa oral, mostrando, dentro de seu ponto de vista, argumentos que poderiam garantir a liberdade de Wagner Lucas.
“Surgiram situações novas, trazidas pela defesa, por isso terei que solicitar ao Juízo de Aracruz mais informações antes de apresentar meu voto, o que farei na próxima sessão desta Câmara. Reconheço o direito do acusado em requerer sua liberdade, mas o réu está, neste momento, detido nas dependências do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar. Não creio que ele (Wagner Lucas) esteja em situação vexatória”, ponderou o desembargador Sérgio Bizzotto.
Wagner Lucas foi preso pelo Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (Nuroc) da Polícia Civil no dia 7 de novembro de 2012, pela acusação de mandar matar o médico Luciano Nascimento. Foi preso por ordem da Vara Criminal de Aracruz.
Na mesma ação, o Nuroc prendeu Wagner Lucas em flagrante por porte e posse ilegal de armas. No entanto, no dia 23 de janeiro deste ano, a 1ª Câmara Criminal já havia suspendido a prisão do médico por porte e posse ilegal de armas.
Segundo a Polícia Civil, Wagner Lucas teria mandado matar Luciano Nascimento to por causa de disputa de pacientes, já que Wagner era o único otorrinolaringologista que atendia no município. Como Luciano abriu um consultório na cidade e passou a atender alguns clientes de Wagner, o acusado, então, teria tramado a morte do colega.
Fonte:
Foto: César Inácio/TJES
Assessoria de Comunicação do TJES
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