10 de maio de 2013

Deputada irá propor emenda direcionada aos índios de Aracruz


  A deputada federal Iriny Lopes (PT) irá propor uma emenda parlamentar para destinar recursos específicos à agricultura familiar nas aldeias Tupinikim e Guarani de Aracruz, norte do Estado. A falta de investimento do poder público nesses projetos é hoje um dos principais problemas das famílias indígenas no Espírito Santo. 
  O assunto foi tema de encontro nessa terça-feira (7), uma iniciativa da deputada, que contou ainda com a presença do secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli; da subsecretária de Estado do Turismo, Diomedes Maria Caliman Berger; do subsecretário de Estado da saúde, Geraldo Correa Queiroz, e do secretário municipal de Agricultura, Almir Gonçalves Viana.
  Os índios ressaltaram ainda a necessidade de um programa de saúde direcionado às aldeias e auxílio no plantio e comercialização dos produtos da agricultura local e ainda de um posto da Fundação Nacional do Índio (Funai) também no Estado, já que, atualmente, as aldeias estão sob a gerência do posto de Minas Gerais.
  O governo do Estado propôs um planejamento de gestão da terra, ainda sem prazo para ser realizado, a construção de 300 casas financiadas pelo Banco do Brasil dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, e projetos de crédito com o objetivo de auxiliar a agricultura familiar. Também foi proposta a exposição de produtos que já são feitos e comercializados pelos indígenas na Expotur 2013.
  No próximo dia 15, haverá uma reunião entre o secretário de Saúde do Estado, José Tadeu Marino; o secretário especial de Saúde Indígena do governo federal, Antônio de Souza, e os indígenas. O objetivo do encontro é apresentar propostas de melhorias que serão garantidas pelo Ministério da Saúde.
  Para o coordenador da Associação dos Caciques Tupinikim e Guarani, José Sizenando, a reunião foi produtiva e a principal expectativa é pela emenda parlamentar.
  Embora os Guarani e Tupinikim tenham conquistado a homologação de parte do território que lhes pertence em 2010, a situação nas aldeias é de extrema dificuldade e miséria. Os índios estão abandonados pelo poder público, que há anos promete investir em projetos de agricultura, porém sem providências. Do território original de 40 mil hectares indígenas explorados pela Aracruz Celulose (Fibria) desde a ditadura militar, os índios recuperaram pouco mais de 18 mil hectares, em um processo de autodemarcação. Mas o direito à terra ainda não possibilitou aos índios garantir a subsistência de suas famílias. 
Fonte: Any Cometti
Seculo Diario

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