20 de julho de 2011

Médicos ameaçam demissão em massa e maternidade pode fechar as portas

A categoria espera por contraproposta do Hospital Rio Doce, em Linhares. A instituição afirma que, sozinha, não consegue atender às exigências

Os médicos responsáveis pela realização de partos no Hospital Rio Doce, em Linhares, ameaçam demissão em massa para esta quinta-feira (21), caso a instituição hospitalar não faça uma contraproposta às exigências feitas por eles. Os profissionais querem acesso 24 horas ao ultrassom e laboratórios; equiparação dos salários dos plantonistas; e melhores condições de atendimento. Cerca de 300 partos são realizados por mês no hospital.

foto: Divulgação/Sesa
Hospital Rio Doce
Os médicos ameaçam demissão em massa, nesta quinta-feira (21)Segundo o diretor Sociedade de Ginecologistas e Obstetras do Espirito Santo (Sogoes), o médico Luiz Alberto Sobral, desde maio, os profissionais negociam com o hospital e com a secretaria de Saúde do município. A categoria exige o aumento do número de médicos plantonistas dos atuais 16 para 26 no hospital. "Além disso, trabalham apenas dois de cada vez na instituição hospitalar hoje, mas o ideal é três", afirma.
Conforme Luiz Alberto, outra exigência é o aumento do valor de cada plantão de 24 horas. O preço é R$ 4 mil atualmente, porém os profissionais querem R$ 6 mil, que, segundo o diretor, é o salário praticado por outros hospitais. "Três médicos já pediram demissão. Se nada mudar até amanhã, a maioria pode até abandonar a instituição", ameaça.
De acordo com o diretor clínico do Hospital Rio Doce, José Cardia, a instituição é referência para a realização de partos em todo o Norte do Estado. Ele afirma que são atendidos muitos pacientes de Jaguaré, São Mateus, Nova Venécia, Sooretama, entre outros municípios. "A gente pede aos médicos paciência, porque a instituição não tem condições de bancar todas as exigências sem o apoio da prefeitura e do Governo do Estado", afirma.
Segundo Cardia, o hospital está em negociação com o Governo do Estado para conseguir mais recursos financeiros. "A gente aguarda resposta. Mas se os médicos insistirem em greve, a maternidade vai fechar. Aí, quem quiser ter filho, vai ter de ir para Vitória", alerta.
Em nota, a secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que já foi garantido tanto à secretaria Municipal, quanto ao hospital, o repasse do recurso. Esclarece ainda que o convênio com a prefeitura de Linhares está tramitando.

 FONTE: GAZETA ONLINE

1 comentários:

Arte Urbana disse...

A saúde no Brasil é uma decadência mesmo. Temos que lutar por melhoras.

Parabéns pelo blog!

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