A prisão e o afastamento de três vereadores na sessão da Câmara Municipal de Aracruz, nesta segunda-feira (19), é o assunto mais comentado nas ruas do município. O clima entre a população é de apreensão. Parte dos moradores da cidade teme que os políticos não sejam julgados pelas suspeitas de fraudes em licitações; extorsões; contratações de funcionários fantasma; e rachid - ato de ficar com metade do salário de assessores - investigadas pelo Ministério Público Estadual (MPES).
A dona de casa Alzenita Amorim, 48 anos, acredita que os parlamentares devem continuar presos. "Se eles fizeram errado, devem pagar. Mas em Aracruz a polícia prende em um dia e solta no outro. Eu acho que eles têm que ficar presos para pagar pelo erro que cometeram", disse.
Para a dona de casa Margareth Almeida Penha, 37 anos, as prisões não vão resolver os problemas de corrupção dos políticos do município. Ela considera os supostos atos ilícitos dos vereadores uma vergonha. "Eu acho isso uma vergonha. Eles chegam na nossa casa pedindo voto para poder fazer isso: roubar".
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Segundo o operador de ponte e carregadeira, Lourival Aguilar, 40 anos, as prisões dos vereadores mostram que a população deve votar consciente nas eleições em 2012. "Serve como um aviso para que a gente tenha cuidado na hora de escolher os nossos representantes", afirmou.
Na sessão do Legislativo foram presos e afastados os vereadores Orvanir Pedro Boschetti (PMDB), o Vani; Jocimar Rodrigues Borges (PSB), o Manego; e Ozair Coutinho Gonçalves Auer (PMDB). O advogado Guilherme Loureiro Oliveira e o secretário municipal de Infraestrutura Urbana e ex-vereador, Ismael da Rós Auer, marido da parlamentar Ozair, também foram presos. Os vereadores Ronis do Devens (PDT), Paulinho da Vila (PSD) e Luciano Frigini (PSD) foram afastados do cargo.
Fonte: Samanta Nogueira
Rádio CBN Vitória (93,5 FM)
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